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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Alguns motivos para passear com seu cachorro


Frequentemente ouvimos donos de cães duvidando e questionando a real necessidade dos passeios diários com os peludos. Não é raro a gente ouvir coisas como:

- Minha casa é grande, ele tem acesso a tudo.
- Tenho um quintal amplo, ele pode correr e brincar quanto quiser.
- Ele nunca fica sozinho em casa, sempre tem gente prá ficar com ele.
- É claro que ele pode fazer xixi em casa, o jornalzinho está sempre pronto.
- A gente sai de carro e de vez em quando ele vem com a gente.
    

Bem, essas e outras frases fazem parte da rotina de muitos donos de cães. É claro que não fazem por mal, mas há muitos motivos importantes para levar seu peludo para passear. Com certeza ele terá uma melhor qualidade de vida em todos os aspectos.

Um cachorro que tem acesso à casa toda é muito bom, mas se o único mundo que ele conhece é sua casa, prepare-se para ter um vigia tempo integral. O grande problema desses cães é que o mundo ao redor torna-se ameaçador. O cachorro só conhece sua casa e as pessoas que moram com ele, ou seja, ele não vai ser sociável o suficiente para viver em sociedade. Cada vez que ele tiver que sair ( veterinários, viagens, etc ), vai ser um estorvo para os donos, pois a atenção terá que ser dobrada e os cuidados redobrados.

A socialização do cachorro é fundamental para qualquer situação. Muda desde a maneira dele se comportar na rua ou em lugares estranhos até a maneira como ele recebe visitas em casa. Quem já passou pela experiência de visitar amigos que tenham um cachorro que não foi devidamente socializado sabe o quão desagradável se torna essa situação. Então, donos que amam seus peludos, nada como passeios diários para torná-lo amado pelos seus amigos também.

Esse é apenas um dos vários motivos. Para quem pensa que tem um quintal grande e o peludo vai correr e brincar o dia todo, más notícias. O cachorro só corre e brinca pelo quintal quando estimulado, ou seja, quando alguém fica com ele jogando bolinha, fazendo companhia e correndo, ou simplesmente, em outras palavras, obriga-o de forma gostosa a fazer exercícios. Um outro cão pode ser também estimulante, mas nesse caso você deve ter vários outros cuidados.

A falta de caminhadas diárias pode tornar o cão hiperativo e destruidor. O cão tem uma energia quase inesgotável e, se ele não gastar pelo menos um pouco dessa energia nesse tipo de exercício, pode direcioná-la para outras atividades, na maioria das vezes politicamente incorretas como por exemplo destruir móveis, roer batentes, portas, mesas e cadeiras ou simplesmente correr alucinadamente pela casa correndo o risco de, além de derrubar tudo, se machucar.

Na verdade, existem inúmeras razões para tornar o passeio com o peludo parte da rotina diária de vocês, inclusive o vínculo que se fortalece quando o animal sabe que vai passear com você, que será uma atividade agradável entre ele e o dono, uma troca, um momento que eles dividem, além disso, ninguém pode negar que uma caminhada é extremamente saudável para os bípedes também.

Bem, todos os cães, independente de raça, precisam de uma dose diária de exercícios para manter a forma e a saúde. A quantidade desse exercício varia de acordo com raça, idade e tamanho.

Na verdade, conforme você for fazendo dos passeios uma rotina, você mesmo vai perceber as necessidades de vocês dois. Inclusive se você for sempre aos mesmos lugares, terá muitas trocas de experiência com outros donos que também frequentam esses mesmos lugares. Depois você vai perceber que o cachorro é um excelente relações públicas nos passeios, isso já deu até casamento...

Quando você adquire um cachorro, adquire junto uma lista de responsabilidades e uma nova rotina. Alimentação, carinho, cuidados, banhos, visitas ao veterinário, inclua nessa rotina seus passeios diários. O cachorro é resistente a variações climáticas, então nada de se acomodar porque tá muito frio ou ficar com preguiça porque tá muito calor. Com certeza seu peludo vai curtir e agradecer com muito carinho.

Bem, agora um assunto que gera muitas discussões, a coleira. Evite sair com seu cachorro solto. Eu sei que é realmente gostoso andar com o cão ao nosso lado sem guia, dá uma sensação de poder, amor incondicional, parceria e reciprocidade. Mas tenhamos sempre em mente que o cão, assim como todos os outros animais, é imprevisível. Qualquer coisa que chamar a atenção dele pode fazê-lo sair em disparada, principalmente se a "coisa" em questão for uma sedutora cadelinha no cio e seu animal for um conquistador. Pode aparecer um pequeno animal que lhe chame a atenção e, nessa hora, o instinto de caça fica mais aguçado. Pode um cachorro bravo estar passeando na guia e o seu vai dar um "oi, amigo" e sair machucado. Tudo isso sem contar a quantidade de cachorros atropelados que vemos por aí.

Se a sua reclamação é que o cachorro puxa muito e você se cansa demais, nada como um bom treinamento para fazê-lo andar ao seu lado. Procure conhecer a coleira Gentle Leader, que não deixa o cachorro puxar, não enforca o animal e ao mesmo tempo age mostrando que você é o líder da matilha, sem acabar com nossos braços. Alguns veterinários brasileiros já conhecem e indicam seu uso.

Bem, se você se animou e resolveu virar um atleta junto com seu cão, leve-o ao veterinário e certifique-se que ele não tenha nenhum problema cardiológico ou respiratório, assim como nas juntas ou ossos. De preferência avise que você vai começar com essa atividade e peça um check-up do seu companheiro.

Agora é só juntar os acessórios, colocar seu tênis mais confortável e começar e se divertir. BOM PASSEIO !!!!!!!

PS: Não se esqueça do saquinho para catar os "presentes" que nosso amigo deixa pelo caminho.

Etologia




A Etologia é a disciplina que estuda o comportamento animal.

Os etólogos estudam os padrões de comportamento das espécies em seu ambiente natural pois acreditam que detalhes importantes do comportamento só podem ser constatados durante a observação direta e continuada da espécie.

Para um bom relacionamento com seu cão você precisa saber como ele se comporta na vida selvagem, pois ele reproduzirá muitos desses comportamentos em sua casa.

Os cães descendem de lobos, animais gregários que vivem em matilhas na natureza e que estabelecem entre si uma rígida hierarquia, e o que a maioria das pessoas não sabem, é que por causa disso seu cão está programado para obedecer o líder.

Essa é a mentalidade que está programada no cérebro dele até hoje.

PROBLEMAS DECORRENTES DA FALTA DESSE CONHECIMENTO:

Atualmente, proprietários mimam demais seus cães e os tratam com se fossem brinquedos ou filhos. Agem totalmente contra o instinto canino o que só gera complicações nesse relacionamento.

Você conhece aquele tipo que só dorme no sofá ou na sua cama e chega a ponto de rosnar se você manda ele descer?

Tem também aqueles que não deixam ninguém chegar perto de você ou de alguém da sua família, pois ele sente que é seu dono e precisa protegê-lo.

Quando isso ocorre é porque ninguém está ocupando o papel de líder de forma correta, por isso, o cão entende que precisa ocupar esse lugar, tornando-o muitas vezes espaçoso e agressivo.

Em uma matilha, quando os lobos tornam-se adultos jovens, eles sentem o impulso de desafiar a liderança do grupo e tentar ocupar esse lugar. Não podemos esquecer que um cão poderá reproduzir esse comportamento na nossa casa, com a sua família.

Cães precisam de limites e disciplina como qualquer criança e ele se sentirá mais seguro e confortável quando você deixar claro que você é o líder da "matilha". Meu objetivo é ensiná-lo como se comportar corretamente para estabelecer sua liderança.

Cuidado , calor excessivo pode levar cães à morte



Se você anda incomodado com o calor lá fora, imagine o seu amigo de quatro patas com toda aquela camada de pelos? “Os cachorros não transpiram pela pele como os humanos” 

Eles perdem calor pela respiração e transpiram pelos coxins plantares (localizados na sola das patas) e pelas narinas. Como essa área é muito pequena em relação à extensão do corpo, ela é insuficiente para manter a temperatura corpórea próxima da temperatura normal”.

Quando o cão é exposto a altas temperaturas, ou a estresses e atividades intensas em dias muito quentes, sua temperatura interna pode ultrapassar os 40ºC e é aí que o cachorro pode apresentar hipertermia, quadro que pode provocar convulsões, diarréia, vômitos e levar à morte.

Os sintomas da hipertermia são: respiração ofegante, hipersalivação, temperatura acima de 40°C, mucosas avermelhadas, taquicardia, arritmias cardíacas, vômitos, muitas vezes com sangue, diarréias também com sangue, manchas e hematomas dispersos pelo corpo, alterações mentais, convulsões, tremores musculares, dificuldade de locomoção e falta de coordenação motora, diminuição ou ausência da produção de urina, coma e parada cardiorrespiratória. 

A hipertermia é uma condição gravíssima que requer tratamento médico imediato. Uma vez que os sinais clínicos desse quadro são identificados, existe um tempo extremamente curto para ser revertido.

Independente da raça, todos os cães estão predisposto a essa patologia se submetidos a condições ambientais desfavoráveis de calor e umidade. Porém, cães com focinhos curtos como bull dog, boxer, pug, lhasa apso, shi tsu, boston terrier entre outros, estão mais suscetíveis ao problema.

Anatomicamente já são desfavorecidos de um aparelho ‘refrigerador’ adequado.

Emergência: saiba como proceder

Aos primeiros sinais clínicos de hipertermia o animal deve ser retirado imediatamente do ambiente quente, colocado sob refrigeração ou ventilação adequada. “Molhar o animal com um borrifador e toalhas frias também auxilia no processo de refrigeração. Porém, não se deve submergir o animal em água fria, pois isso leva a vasoconstrição periférica dificultando ainda mais a dispersão de calor. É preciso também procurar imediatamente um médico veterinário .

1. Evite passeios e esforços físicos em dias quentes e úmidos.

2. Não deixe o animal preso dentro do carro, mesmo com vidros abertos.

3. Não deixe o animal em ambientes fechados ou sem acesso à sombra e água fresca.

4. Não dê banhos com água quente e secadores quentes no verão.

5. Não submeta o animal a situações de estresse psicológico que o deixe ofegante por medo ou insegurança.

6. Evite esforços ou condições desfavoráveis para animais obesos ou que tenham anatomicamente alguma dificuldade respiratória.

7. Evite a contenção forçada do animal e uso de focinheira em ambientes quentes e fechados.

Primeiros socorros - Hemorragia e Cortes Profundos



HEMORRAGIA
Hemorragia é toda a perda de sangue que o organismo possa sofrer, seja ela rápida (aguda) ou de forma lenta e gradativa (crônica). Neste guia, iremos explicar como estancar uma hemorragia em casos de acidentes, quando a perda sanguínea muito rápida pode ser fatal. Uma perda de grande volume de sangue em pouco tempo irá provocar uma parada cardíaca, pois o coração não terá líquido suficiente dentro dos grandes vasos sanguíneos para bombear.

Hemorragia Externa: fáceis de detectar, pois você visualiza a perda de sangue. Normalmente, ela é provocada por um corte, perfuração ou brigas entre cães.
Superficiais: atingem só a pele. Os pequenos vasos que irrigam a pele são rompidos e a perda de sangue é considerável, mas raramente fatal.

O que fazer:
Aplique um pano limpo ou compressas de gaze sobre o corte e pressione por alguns minutos. Mantenha a pressão até o sangramento parar. O tempo para que isso ocorra é variável e está relacionado com a região do corte e a extensão da lesão. Orelhas e patas sangram bastante. 

Encaminhe o animal para o veterinário para a desinfecção e sutura do corte. Se isso não for possível imediatamente, após o sangramento diminuir, limpe o local com água oxigenada. Curativos com gaze e esparadrapo são difíceis de se manter, pois o animal costuma retirá-los imediatamente. Desinfete e mantenha o local protegido por uma gaze ou pano para impedir o acesso de moscas na lesão (podem causar miíase ou bicheira). Veja mais detalhes abaixo em cortes profundos.


Vasos Sanguíneos: se um vaso sanguíneo for atingido (veia ou artéria), a hemorragia pode ser grave e deve ser estancada imediatamente. Os vasos que podem ser atingidos mais facilmente localizam-se nas patas, cauda, orelhas e pescoço.

O que fazer:
A mesma técnica deve ser empregada: aplica-se um pano limpo sobre a lesão pressionando firmemente. No caso de vasos maiores, o sangue não irá parar facilmente. Mantenha a pressão sobre a região até chegar ao veterinário. No caso de patas ou cauda, você pode aplicar um torniquete (foto), ou seja, com um barbante, cordão ou até cadarço de sapato, amarre o membro um pouco antes da região do corte. O torniquete estancará a hemorragia imediatamente, mas não de deve mantê-lo por mais de 15 minutos ou apertá-lo muito, sob o risco de gangrenar o membro por falta de suprimento de sangue. Se usar o torniquete, afrouxe-o a cada 15 minutos e depois volte a apertar.


Hemorragia Interna: esse tipo de hemorragia é difícil de detectar, por não se poder visualizar. Após uma queda ou um acidente, o animal pode perder sangue por rompimento de um órgão ou um vaso interno.

O que fazer:
Se o animal estiver com uma hemorragia interna, ele perderá temperatura rapidamente e suas mucosas (gengivas e conjuntivas) ficarão muito pálidas. O animal pode perder a consciência e entrar em choque. Como não temos como diagnosticar a hemorragia interna, em casos de acidentes ou quedas, se houver perda de temperatura, palidez e perda de consciência, tratar o animal como no caso de choque e encaminhá-lo ao veterinário imediatamente.

CORTES PROFUNDOS
É comum ocorrerem e, geralmente, são causados por brigas entre cães, cacos de vidro, cercas de arame farpado e outros.
A pele é irrigada por pequenos vasos sanguíneos e as lesões causam sangramento considerável. Não se apavore com o sangue, ele pode ser controlado facilmente.

O que fazer:
Primeiramente, estanque a hemorragia pressionando o local com compressas de gaze ou com um pano limpo. Orelhas e patas costumam sangrar bastante e por longo tempo. Certifique-se que nenhum vaso foi atingido (caso tenham sido, haverá muito sangue e você não conseguirá estancar). Após controlar a saída de sangue, limpe bem o ferimento aplicando água oxigenada nas bordas e dentro da ferida. 

Esse procedimento pode causar desconforto ao animal. Assegure-se que alguém esteja segurando o cão enquanto você trabalha ou amarre o focinho dele. Com dor, mesmo cães e gatos dóceis podem morder. Após a limpeza, proteja o local contra moscas aplicando uma gaze ou pano limpo sobre o ferimento. Gaze e esparadrapo não são suportados pelos cães e gatos, mas você pode colocar um curativo leve até chegar ao veterinário.

Os cortes podem ser suturados até 6 horas após a lesão. Assim, leve o cão para o veterinário no mesmo dia. Caso isso não seja possível, mantenha o ferimento limpo e protegido até que a sutura possa ser feita. Corte os pelôs em volta do ferimento.

As moscas podem depositar ovos nos ferimentos abertos e suas larvas podem se desenvolver dentro do corte (miíase ou bicheira). Se você estiver no campo (sítio ou fazenda) ou perceber as moscas pousando no ferimento, use um repelente para moscas (Lepecid ou Matabicheira) ao redor da ferida até 2 vezes ao dia antes e após a sutura da lesão.

Os ferimentos não fechados por sutura irão cicatrizar muito lentamente, deixando cicatrizes maiores e grande risco de uma miíase.

Primeiros socorros - Como tratar um cão engasgado ?




Quando um cachorro está se afogando com um corpo estranho, precisa de ajuda imediatamente. Quanto mais ele tenta respirar, mais entra em pânico. Seu objetivo nesta situação de emergência é liberar as vias aéreas sem ser mordido.
Os sinais de que o cachorro está engasgado incluem tentar limpar a boca com as patas, língua pálida ou azulada, agonia evidente ou inconsciência. Se o cachorro estiver inconsciente e você acha que há um corpo estranho, libere as vias aéreas antes de fazer ressuscitação cardiopulmonar. Se o cachorro não consegue respirar não adianta tentar a ressuscitação.
Embora possa parecer difícil, você pode ajudar um cachorro engasgado ou inconsciente seguindo as dicas básicas abaixo. Seu esforço pode salvar a vida de um cachorro.
Contenha o cão, se necessário.
Aproxime-se do cachorro lentamente, falando em um tom de voz tranqüilizador.
Desobstrua as vias aéreas.

Abra a boca do cachorro cuidadosamente, segurando a mandíbula superior com uma mão sobre o focinho.
Pressione os lábios do cão sobre os dentes superiores apertando com seu polegar em um lado e os outros dedos no outro, de maneira que os lábios do cachorro fiquem entre seus dentes e os dedos. Aperte com firmeza para forçar a boca a ficar aberta.
Se você consegue ver o objeto, tente removê-lo com seus dedos.
Se você não conseguir remover o objeto e o cachorro for pequeno o suficiente, segure ele pelas pernas traseiras, vire-o de cabeça para baixo e chacoalhe vigorosamente. Bater nas costas também pode ajudar a mover o objeto.
Se você não consegue remover o objeto e o cachorro é grande demais para ser erguido, coloque-o deitado de lado no chão. Coloque a sua mão atrás da caixa torácica e aperte para baixo e um pouco para frente, com firmeza. Solte. Repita rapidamente várias vezes até o objeto ser expelido.
Se você não conseguir retirar o objeto, leve o cachorro imediatamente ao veterinário.
Se você retirar o objeto e o cachorro ainda não estiver respirando, sinta sua pulsação colocando seus dedos 5 cm atrás do cotovelo do cachorro no meio do peito.

Faça respiração artificial. Deite o cachorro de lado; estique a cabeça e o pescoço do cão. Mantenha a boca e lábios fechados e assopre com força pelas narinas. Faça uma respiração de 3 a 5 s. Respire fundo e repita até sentir resistência ou ver o peito subir. Após 10 s pare. Observe o peito para ver se está se movendo, o que indica que o cachorro está respirando sozinho. Se o cachorro não estiver respirando, continue a respiração artificial. Se o coração não estiver batendo faça uma ressuscitação cardiopulmonar.

Deite o cachorro de lado.
Coloque a palma da sua mão no meio do peito do cachorro.
Comprima contando até dois e solte contando um. É preciso pressionar com firmeza. Repita aproximadamente 60 a 90/min.
Alternativamente (após 30 s), segure a boca e lábios do cachorro fechados e assopre com força nas narinas. Assopre por três segundos, respire fundo e repita, até sentir resistência ou ver o peito do cachorro subir. Tente repetir 10 a 20/min.
Pare após um minuto. Observe o peito para ver se o cachorro está respirando e sinta o batimento cardíaco colocando os dedos meio centímetro atrás do cotovelo, no meio do peito.
Se o coração não estiver batendo, continue a ressuscitação cardiopulmonar.
Leve o cachorro imediatamente ao veterinário. A ressuscitação e a respiração devem continuar no caminho ou até o cachorro começar a respirar e o coração começar a bater sem assistência.

Primeiros socorros - Intoxicação por Chumbinho


As intoxicações em animais de estimação são bastante comuns, sejam elas acidentais ou criminosas. O veneno mais frequente envolvido nesses casos é o "chumbinho", um poderoso tóxico que é comercializado ilegalmente. O "chumbinho" também é conhecido em algumas regiões como "raticida Japan" ou "mil gatos", por seu uso no combate aos roedores. Como o próprio nome popular diz, ele é tão eficaz na eliminação de ratos como a ação de "mil gatos".     

Exageros à parte, realmente o "chumbinho" possui o mais tóxico dos venenos de sua categoria (carbamatos), porém, sua eficácia no combate às colônias de ratos é discutível. Isso porque, na hierarquia dos roedores, quem come primeiro são os ratos mais idosos. Os outros, vendo os mais velhos morrerem, não se aproximam mais das iscas envenenadas. Ponto para os ratos!

O "chumbinho" leva esse nome pela sua cor (cinza escuro) e formato (granulado), não tendo nenhuma relação com o metal chumbo. Sua composição tem como princípio ativo o aldicarb, um inseticida usado na agricultura para o controle de pragas. Desviado de seu uso original, o aldicarb é vendido ilegalmente, à granel, com o nome de "chumbinho", para o combate de roedores. Seja pelos prejuízos que causam, doenças que transmitem ou apenas pela sua aparência repugnante para a maioria das pessoas, ninguém quer ter ratos por perto.

No entanto, a venda descontrolada e a falta de conhecimento sobre o poder tóxico do produto causa envenenamento em animais de estimação, adultos e crianças. Muitas pessoas e animais já morreram por causa do "chumbinho", que pode ser ingerido ou absorvido pela pele quando diluído em água. Ter um produto desses em casa é extremamente perigoso por ele não ter cheiro ou sabor. A curiosidade pelo formato de grãos leva crianças e animais à sua ingestão. São essas as principais vítimas fatais do "chumbinho".

Embora a substância principal seja o aldicarb, o "chumbinho" pode conter outros inseticidas (organofosforados) associados para potencializar sua ação.

O efeito do "chumbinho" em animais é bem rápido, aparecendo 5 a 10 minutos após a ingestão. Os sinais irão depender do tamanho do animal e da quantidade ingerida. Grandes quantidades podem causar morte súbita. Os sinais de intoxicação podem ser vários: salivação (o animal começa a babar), vômitos, diarreia, convulsão, inquietação ou prostração, incoordenação, tremores, falta de ar (dispneia), hemorragia oral ou nasal, fraqueza, pupilas contraídas, etc.. O veneno causa lesões nos pulmões, fígado e rins.

Um ou mais sintomas, associados ao histórico de uso de raticida "chumbinho" no ambiente é um alerta para levar o animal a uma clínica veterinária imediatamente. O fato do cão ou gato ter ingerido ou lambido um rato morto ou agonizante já é um alerta para a possibilidade de intoxicação. Fique atento!

Os gatos estão entre as vítimas fatais do "chumbinho", pois muitos deles saem para passear à noite, ingerem iscas com o veneno e são encontrados mortos pela manhã. O efeito do tóxico é muito rápido. Quem coloca propositadamente iscas com "chumbinho" (ou qualquer outro veneno) para matar o cão ou gato do vizinho não sabe que pode ser preso, pois infringe a Lei Ambiental! Além dele próprio estar correndo riscos pela manipulação e estocagem do produto.

Animais intoxicados são tratados com lavagem estomacal (até 2h após ingestão), sulfato de atropina para conter a maioria dos sinais causados pelo aldicarb, soroterapia para eliminar mais rápido o veneno, anti-hemorrágico, anticonvulsivantes, carvão ativado para evitar a absorção do tóxico pelo organismo, etc..

Além do "chumbinho", outros raticidas muito perigosos são utilizados e comercializados livremente. É o caso dos anticoagulantes, que causam hemorragias. A sua ingestão ocasiona sangramentos generalizados e levam à morte.

É verdade que os ratos podem transmitir doenças (a principal delas, a leptospirose), roer forros e embalagens de grãos, defecar pela casa e quintal, dentre outros transtornos que podem causar. No entanto, o uso de venenos como o "chumbinho" é extremamente arriscado.

É crime comercializar o produto, e quem compra também está cometendo uma contravenção. Contra os ratos, evite acumular lixo e pense em outras alternativas ao uso de venenos, como o controle biológico. Crie 1 ou 2 gatos castrados (do contrário eles irão fugir!) em sua propriedade e você ficará livre dos roedores! Lembrando que gatos podem conviver perfeitamente com cães.

Como e Quando Usar a Focinheira


A focinheira é um acessório necessário para lidar com os cães em algumas situações. Quando estressados, com medo ou dor, os animais podem morder, mesmo os de temperamento manso. Por lei, a focinheira é obrigatória durante os passeios para determinadas raças e cães bravos. Mas nem todas as pessoas conhecem os diferentes tipos de focinheiras (ou mordaças) e como usá-las corretamente.     

Existem focinheiras de contenção, usadas para procedimentos rápidos como exame veterinário, vacinação e curativos, e focinheiras de passeio, para situações nas quais o cão deverá permanecer contido por mais tempo.

A diferença importante entre elas está na possibilidade do cão permanecer com a boca aberta no interior desse acessório.

Cães e gatos não possuem glândulas de suor como as pessoas. São essas glândulas sudoríparas as responsáveis por diminuir a temperatura do organismo em situações de extremo aquecimento, como dias quentes, exercícios intensos, etc..

Para 'refrescar' o corpo, os animais lançam mão de um outro mecanismo, a ofegação. O cão ofegante não necessariamente está cansado, ele pode estar com muito calor e diminuindo a temperatura de seu organismo. O animal inspira ar frio e expira o ar quente. Fazer isso apenas com o focinho não seria suficiente, então, o cão realiza todo esse processo rapidamente pela boca.

Daí podemos entender que o animal não pode permanecer de boca fechada por longos períodos. Os cães que são obrigados a andar de focinheira nas ruas por imposição da lei, ou porque são muito bravos, devem utilizar acessórios adequados que lhes permitam ficar com a boca aberta, ou poderão sofrer hipertermia (superaquecimento do organismo).

As focinheiras de passeio oferecem conforto ao animal e impedem acidentes no caso dele avançar ou atacar as pessoas. Os modelos de metal são bastante arejados e é possível, inclusive, que o cão beba água quando a estiver usando. Devem ter espaço para que ele possa manter a boca aberta o suficiente para poder ofegar.

Legislação - Multas que os Proprietários de Cães Podem Sofrer



Você, como proprietário de um cão, poderá ser multado se:
transportar o cão no colo do motorista ou atrás do veículo (à esquerda), impedindo a visão, na janela ou solto na caçamba de utilitários.

Transportar animal do lado de fora do veículo sem a devida autorização é considerada infração grave, 5 pontos no prontuário, e com a penalidade de multa no valor de R$ 129,29 - sendo que o veículo pode ser retido de acordo com o NOVO CÓDIGO DE TRANSITO BRASILEIRO, Art. 235 da lei 9.503/97, que estabelece:
Art-235. Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas do veículo, salvo nos casos devidamente autorizados:
Infração: Grave
Penalidade: Multa
Medida administrativa: Retenção do veículo para transbordo

Também levar o cãozinho no colo do motorista pode custar caro, pois é considerado infração média, 4 pontos no prontuário, e multa no valor de R$ 72,86 - De acordo com o art. 252, inciso II. Art.252.
Dirigir o veículo:
II- transportando pessoas, animais ou volume à sua esquerda ou entra braços e pernas;
Infração: Média
Penalidade: Multa

o seu animal defecar nas vias públicas e você não recolher os dejetos;

deixar em liberdade, confiar à guarda de pessoa inexperiente ou não guardar com a devida cautela animal perigoso. Em cada localidade pode haver diferentes leis (municipais ou estaduais) que determinam a conduta do dono do cão.