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sábado, 18 de agosto de 2012

Parvovirose



Esta é a virose que mais atinge os cães. O causador desta doença é um vírus de nome Parvovírus canino. Ele é altamente contagioso e causa inflamação e destruição das células da mucosa interna do intestino. Este agente está distribuído pelo mundo todo desde o final dos anos 70.

A infecção ocorre através da via fecal-oral. Durante a enfermidade aguda, e por cerca de 1 - 2 semanas depois, o animal afetado elimina uma quantidade maciça do vírus. Como o vírus pode sobreviver e permanecer infeccioso por muitos meses no ambiente, a contaminação ambiental tem um papel fundamental na transmissão da doença.

Os sintomas geralmente ocorrem 5 dias após o animal ser exposto ao vírus. Ele pode afetar cães de qualquer idade, raça ou sexo, desde que estes animais não estejam vacinados corretamente (usando esquemas vacinais confiáveis, elaborados por médicos-veterinários e usando um mínimo de 3 doses de óctupla para filhotes e 1 dose de óctupla anualmente para adultos já vacinados quando filhotes). A ocorrêcia se dá, na maioria dos casos, quando o cão apresenta cerca de 2 a 6 meses de idade, não está vacinado corretamente e tem livre acesso à rua.

Existem raças que são mais susceptíveis ao parvovírus, como os rottweilers, os dobermanns, os pitt bulls e os labradores (mais os de pelagem negra). Porém a base biológica dessa fraqueza nestas raças ainda é desconhecida cientificamente. Portanto para essas raças o recomendável é a administração de 4 a 5 doses de óctupla quando filhotes.

O parvovírus canino uma vez instalado no organismo do animal, causa anorexia (perda do apetite), depressão, febre, vômito, diarréia líquida de grande volume e hemorrágica com desidratação rápida e progressiva. Podem se desenvolver também quadros de hipotermia (diminuição da temperatura corpórea normal), icterícia (amarelamento da pele e mucosas devido à hepatite) e infecção bacteriana secundária. O parvovírus tem extrema atração pelo músculo cardíaco, causando miocardite e levando ao quadro de insuficiência cardíaca com dificuldade respiratória, fibrose do miocárdio e por fim o óbito.

Alguns fatores contribuem para aumentar a severidade da doença, como o estresse, condições desfavoráveis em canis super lotados e mal higienizados, infecções bacterianas secundárias, ação conjunta de outros vírus (cinomose, coronavirose, etc) e endoparasitismo (verminose).

O tratamento é principalmente de suporte à vida do paciente, ou seja, não existe uma medicação anti-viral específica para o parvovírus canino. O básico é soroterapia endovenosa, protetores e restauradores (cicatrizantes) da mucosa interna intestinal, anti-hemorrágicos e antibióticos. Portanto o fundamental é o controle do equilíbrio hídrico-eletrolítico e o combate aos agentes aproveitadores (infecções secundárias, como bactérias, por exemplo). Com isso tenta-se dar força para que o organismo do animal possa produzir anticorpos (células de defesa) contra o parvovirus. O período de tratamento intensivo (internação) geralmente dura de 5 a 10 dias.

O esquema vacinal adequado feito por um médico-veterinário (e não por balconistas de casa agropecuárias em ambientes precários e situações clínicas duvidosas higienicamente) é o único meio realista e efetivo de e prevenção e controle desta doença.

O parvovírus é universal e por causa disso é muito estável fora do animal, ou seja, em ambientes. Quando há (ou houve) um animal doente em casa é preciso higienizar o local todos os dias (por vários dias) usando água misturada com água sanitária (passar no ambiente e deixar agir até secar sozinho).

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