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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Cane Corso



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A sociabilidade associada ao instinto de guarda reflete a realidade da maioria dos Cane Corsos. Acostumado por séculos a fazer parceria com o homem, o Cane Corso é ideal para quem valoriza um guardião que, além de manter afastados os intrusos, deixe bem à vontade as visitas.

O padrão oficial da raça pede um cão inteligente e equilibrado, inigualável na guarda e na defesa. Dócil e afetuoso com o dono, amante das crianças e da família - essas qualidades são testemunhadas por quem conhece de perto o Cane Corso. Outra qualidade apontada pelo padrão da raça é a fácil adestrabilidade. É muito atento, inteligente efiel ao dono, o que simplifica muito a sua educação.

A desenvoltura com que o Cane Corso patrulha a propriedade o coloca entre as raças que marcam mais presença entre os passantes, fator psicológico valorizado na guarda. Porém, apesar da presença marcante, o Cane Corso apenas se impõe em seu território, não representando perigo real à sociedade em geral, como acontece com outros cães notadamente desequilibrados. Não há notícias de algum país que inclua a raça na lista daquelas sujeitas à legislação restritiva.

Com as Criancas
O relacionamento dos cães da raça Cane Corso com os membros da família de seus donos e,excepcionalmente com as crianças, é surpreendente. Eles têm a incrível capacidade de reconhecer os pequenos e trata-los como verdadeiros filhotes, cuidando-os e brincando à sua maneira.

Apesar da aparência robusta e das dimensões avantajadas, o Cane Corso é muito dócil e bastante compreensível com as atitudes infantis. Graças a sua grande inteligência e sensibilidade, este animal sabe acudir perfeitamente o filhote do homem, com amor e, lembramos ainda, com secular paciência.
Enquanto outras raças de cães demonstram-se inquietas e irritadas com puxões de orelhas e sentem-se ameaçados ao sentirem uma criança montada em seu lombo, o Corso leva essas atitudes como brincadeiras e reage da mesma forma.

Origem e História

O Cane Corso tem longa história de parceria com o homem. Ao lado dele desempenhou, durante séculos, diferentes atividades nas propriedades rurais do sul da Itália. Durante o dia, muitos Cane Corsos ajudavam a pastorear boiadas e a protegê-las do ataque de predadores como os lobos. Também podiam ser vistos com seus donos em caçadas a grandes animais, como javalis.

Mas, desde o princípio de seu surgimento - segundo cinólogos modernos - muitos Cane Corsos eram utilizados exclusivamente para guarda. A vocação para defesa sempre foi outra característica marcante da raça. O próprio nome, segundo a maioria dos etimologistas, associa Corso ao latim cohors, que significa guarda, protetor.

Curiosamente, apesar de ser uma raça com origens bastante remotas, o reconhecimento internacional foi conquistado há poucos anos. O Cane Corso é semelhante, e muito provavelmente descendente, aos molossos romanos, retratados há cerca de dois mil anos. Até o início do século os descendentes desses cães estavam concentrados na zona rural do sul da Itália e eram conhecidos como Mastinos - os mais pesados, usados exclusivamente para guarda - e como Cane Corsos - os mais leves e versáteis.

Até 1912 a raça era completamente desconhecida fora dessa região mediterrânica. O interesse surgiu em decorrência da tentativa de inscrição de dois exemplares em uma exposição no norte da própria Itália. Indignado pela descoberta do desconhecimento, o proprietário daqules cães conduziu alguns cinófilos até o sul, onde encontraram centenas de Cane Corsos.

A partir da década de 40, cinófilos italianos começaram a criação organizada dos exemplares mais robustos e altos desses cães, que deram origem ao Mastim Napolitano. Mas foi apenas na década de 80 que um grupo de menos de 20 proprietários e apreciadores do Cane Corso, estabelecidos no norte da Itália onde a cinofilia já era mais desenvolvida, resolveu trazer a raça para a criação organizada. Surgia em 1983 a Società Amatori Cane Corso (SACC).

Apenas mais tarde, depois de muitos estudos e desenvolvimento da raça, em 1987, o primeiro padrão foi redigido e os cães começaram a ser registrados. Em 1994, a primeira vitória veio com o reconhecimento da Sociedade Cinófila italiana. Dois anos mais tarde, em 1996, a grande conquista: a Federação Cinológica Internacional (FCI) reconhecia oficialmente o Cane Corso e apresentava seu padrão, adotado nos 77 países a ela associada.

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